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24-05-2006

É o IVA, pesadão, para que o Estado sobreviva


Palavras (in) discretas - A escravatura dos impostos

A gente lê ou ouve e pasma. E, se é cristão, votado às feras fiscais, benze-se com uma cruz do tamanho do seu sofrimento.

Um estudo da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, para a Associação Industrial Portuguesa (AIP) veio demonstrar o que já todos andávamos desconfiando: que trabalhamos para o Estado.

O estudo anuncia, a todo o mundo, que nós, portugueses trabalhámos, este ano quase metade do ano (137 dias) para encher os cofres do Estado, que estão sempre vazios, pagando os impostos, sempre com língua de palmo.

A versão que se ouve mais é que trabalhamos, na verdade, para os impostos, para o Estado, que o fisco nos come a carne e os ossos.

São os descontos para a Segurança Social, que, apesar disso, continua a caminho da falência.

É o IRS sobre os ordenados.

São os impostos sobre o tabaco e os combustíveis, sempre a subir e nada nos assegura que não continuem a subir, ainda que o ministro das Finanças, numa tentativa de sossegar os portugueses, sempre tão inquietos, por escaldados, tente garantir hoje o contrário. Amanhã se verá...

É o IVA, pesadão, para que o Estado sobreviva, sobre os bens alimentares e tanta outra coisa. Sobre tudo o que consumimos.

É o agravamento do IRS sobre pensões (o Estado, que não é pessoa de bem, dá com uma mão depois tira com as duas... ) e, para os mais afortunados da sorte na questão de pensões, a introdução de uma nova taxa de 42%...

Depois, entre outros impostos menores, ainda é o IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) que é uma verdadeira renda, quantas vezes injusta e cega, que pagamos aos cofres municipais.

É uma autêntica escravatura.

Só este ano, tivemos de trabalhar mais três dias para fazer face à voracidade de um Estado despesista, que cada vez nos endivida e compromete mais, e poucos acreditarão que José Sócrates vá “arrumar” o país no espaço de 20 anos.

Arrumados estamos nós, diz a maior parte dos portugueses.

Primeiro, José Sócrates já não estará no governo e, por outro, o país já terá dado com os burrinhos na água, ao peso de tão volumosa carga, se os políticos não ganharem definitivamente mais juízo. Porque os impostos, segundo o economista, Carreira Medina, “nunca vão solucionar o problema do Estado, temos que cortar no lado da despesa”. Diz quem sabe.

Por isso, não se vislumbram dias melhores, bem pelo contrário. Se, este ano, tivemos de trabalhar mais três dias, do que no anterior, por tudo o que se vê, para o ano, ainda são necessários mais alguns, como é necessária muita paciência, pintada de alguma dose de optimismo, para sobreviver à avalanche de impostos.

Os restantes dias têm de dar, quando dão, para a alimentação, vestuário e saúde, outra sanguessuga voraz a pesar no orçamento de muitos e, contudo, as esperas nos hospitais para operações continuam escandalosas, de sete meses.

Eh gente, parece que os nossos impostos estão caindo mesmo em saco roto.

Armor Pires Mota


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